domingo, 14 de outubro de 2012

Arthur Bispo do Rosário na Trigésima Bienal

Um dos destaques da Trigésima Bienal de São Paulo é um conjunto de 348 obras de Arthur Bispo do Rosário. Sergipano, de Japaratuba, virou marinheiro no RJ e passou meio século internado em um hospital psiquiátrico ( Colônia Juliano Moreira ).

Produziu sua obra com a total ausência de formação acadêmica e excluído do convívio social, dentro da Colônia Juliano Moreira reprocessava os objetos que chegavam até ele. Desfiava o seu próprio vestuário para usar como linha, que bordava lençóis, cobertores, jaquetas.Reunia série de objetos reprocessando o significado, como a imagem acima, dos diversos Congas usados pelos internos, o que seria o signo da igualdade, os Congas tornam-se um estandarte.

Nos anos 80 com o olhar da arte contemporânea e a antipsiquiatria Bispo do Rosário e reconhecido como artista, em 82 participa de sua primeira exposição "A Margem da Vida" no Museu de Arte Moderna do RJ.Após sua morte, em 89, ganha reconhecimento internacional, e em 1995 representa o Brasil na Bienal de Veneza.
Arte e loucura; delírio e processo de criação; a coleção de objetos em desuso, rejeitados pela sociedade e o centro da sua arte, como ele que também foi rejeitado, vivendo mais de 50 anos isolado no hospício.


Visite a Bienal de SP, tente decodificar o universo de Arthur Bispo do Rosário, a sanidade da loucura. Seja feliz!!






Nenhum comentário:

Postar um comentário